A língua amarela de cafeína e nicotina.
Ah ! Se eu pudesse transporta-los para meu mundo. Mundo lilás. Estou viciado em passear por meus caminhos. Foi na sombra do vento quando Nietzche chorou lá no mundo de Sofia que escreveram o ensaio sobre a cegueira, para todos no dia do curinga. Não sou sentimental. Mundo cinza. Fumaça azul. Absorto. Eu tento, mas ninguém consegue entrar, estou preso aqui dentro e daqui falo mudo para as pessoas lá fora onde encontrar a chave, mas as que me ouvem, são cegas e não encontram a chave. Há chave ? Se há, é possível encontra-la ? Ou será a palavra "chave" apenas uma metáfora ? Pensar é sofrer. Nesse mundo há filtros, infinitos deles, entra tudo que se encaixa, como no esquema "chave-frechadura" das enzimas, mas não sai nada! É colorido de cores ultra-violeta e infra-vermelho, e músicas nunca param aqui, sub-sônicas e também ultra...As vezes eu acho que num é mundo coisa nenhuma, é uma bomba. Um requisito sine qua non é necessário para poder ao menos vislumbrar disso aqui, ser filho único será ? Ou tem haver com algum tipo de solidão ? Não sei, só sei que a coisa não é democrática, quem sabe sabe, quem não sabe, sobra.